“Falta de engenheiros faz com que profissão esteja em alta no Brasil”. “Brasil tem déficit de 40 mil engenheiros”. “Crescimento do país força demanda por engenheiros”. Estas são apenas algumas das manchetes que jornais de todo o país estamparam nos últimos cinco anos, por todo o Brasil. Há os que defendem que essas matérias não condizem com a realidade de muitos engenheiros recém-formados. Pois, ao mesmo tempo em que surgem essas notícias, tem sido observado muitos engenheiros alertando da dificuldade de se conseguir o primeiro emprego, em especial devido à falta de experiência e exigências do mercado.
O Engenheiro Civil videirense Eduardo Reis Munari, membro da Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos de Videira (AREAVID) sempre sonhou em ser engenheiro e apostou no sucesso da profissão. “Tive contato com construção civil desde pequeno, pois meu pai também trabalha na área. Além disso, é uma profissão bastante valorizada na sociedade. Temos leis que obrigam a contratação de um engenheiro para qualquer obra que seja executada e isso favorece o mercado de trabalho para nós”, diz.
Para ele, que é formado há apenas cinco meses, as manchetes dos jornais tem relevância. Munari explica que desde que entrou para a universidade encontrou facilidade em conseguir emprego na área de engenharia. “Atuei como estagiário em uma empresa, como projetista, da 5ª à 9ª fase do curso. Na 10ª fase a empresa de pré-moldados e construções, onde trabalho atualmente, me procurou e comecei a trabalhar com eles. No dia em que me formei, fui promovido a engenheiro da empresa”, comemora.
Quando ainda estava na escola, o também engenheiro civil associado da AREAVID, Felipe Peretti, gostava de matemática e física. Daí até decidir o curso que faria ao chegar a hora de ir para a universidade foi um pulo. Peretti também se formou em Engenharia Civil , em dezembro de 2014, mas encontrou um mercado de trabalho um pouco diferente. Ele que já estagiava na área de engenharia de uma grande indústria de Videira, também foi contrato imediatamente, porém, ainda não como engenheiro. “É ótimo já estar atuando na minha área, mas o mercado está competitivo e para recém-formados e profissionais com pouca experiência vejo que ser contratado como engenheiro é uma realidade um pouco distante. É preciso estar sempre preparado e se aprimorando para não desperdiçar boas oportunidades, e é isso que estou fazendo”, diz Peretti explicando que também trabalha como profissional autônomo, na elaboração de projetos.
Munari e Peretti fazem parte de uma turma de 60 alunos formada em dezembro do ano passado. Segundo eles, grande parte dos antigos colegas de faculdade está atuando como autônomo e muitos ainda buscam uma oportunidade no mercado de trabalho. Para o presidente da AREAVID – Jonatan Galio, o fato é que, independente do cenário do mercado da engenharia, para conseguir o emprego dos sonhos é preciso uma boa dose de motivação, persistência e trabalho em equipe.
Silvia Palma
Assessoria de Imprensa